Eu sei, eu sei. Parece que essa é uma receita de comida de boteco adaptada ao mundo vegano. E bem, não tenho muita defesa para isso não. Nasci e cresci em Belo Horizonte e por anos me alegrei com a perspectiva de visitar vários bares inéditos durante o “Festival Comida di Buteco”, que por lá já acontece há anos… enfim, a gente cresce, muda, vira vegano (como foi o meu caso, que abracei o veganismo depois de adulto), mas não esquece as origens. Sendo assim, ainda que eu já não coma mais a maioria dos petiscos do Festival, dedico esta receita aos bares de BH, que se fossem veganos, seriam perfeitos!
Vinho: Assemblage tinto, Red Blend Susana Balbo Gran Reserva 2012 (vinho bastante complexo!)
Ingredientes
- Milho na espiga (2 espigas)
- 2 ou 3 batatas grandes (calcule pelo tamanho da fome!)
- 1 cebola grande
- 200 gramas de shitake
- Pimenta vermelha em pó a gosto
- Sal a gosto
Modo de fazer
- Comece cozinhando o milho, o que é feito fervendo-o com sal por uns 40 minutos (panela de pressão ajuda). Na hora de comprar o milho verde é bom escolher bem para não pegar um muito duro
- A batata também deverá ser cozida com sal, mas apenas até começar a amolecer. Quando chegar nesse ponto, retire-a da água, espalhe por um tabuleiro e jogue a pimenta por cima (eu gosto da batata bem apimentada, mas cabe lembrar que muita pimenta atrapalha o gosto do vinho). Coloque-a para assar por uns 40 minutos, ou até formar uma casquinha bem crocante!
- Com o milho cozinhando e a batata assando, prepare o shitake. Esse deverá ser refogado com a cebola, até perder toda a água e começar a tostar. Você não pode deixar que queime, mas tampouco economize no refogado: o shitake mais tostadinho é mais gostoso!
- Quando tudo estiver pronto, prepare seu prato e deguste separadamente, sempre tomando um golinho de vinho a cada garfada ou mordida, para que consiga perceber a harmonização com cada um dos sabores!
Comentário da Ariane
Esse vinho específico é muito forte e muito amadeirado, um pouco mais do que seria a minha preferência. Por isso, não é surpresa que tenha harmonizado melhor com o shitake, que tem sabor forte. O milho nesse prato foi insistência minha. Parece destoar um pouco do prato, mas quem me conhece sabe que milho de sabugo é uma das minhas comidas favoritas. Bom dimais da conta, sô! E quem disser o contrário é porque é banguela.