Em geral a Ari e eu buscamos sempre cozinhar receitas originalmente veganas, mas não podemos negar que algumas adaptações são deliciosas… este é o caso, dentre outros, do feijão tropeiro vegano. E, claro, o tropeiro não é só um prato. É toda uma instituição! Para a Ari, a comida que ela mais gosta, desde criança. Para mim, sabor de casa e de Mineirão em dia de jogo. Infância e Mineirão em dia de jogo… vida nenhuma é feliz sem o sabor dessas coisas, certo? Ah, harmonizamos com um lambrusco seco. Interessante contraste quando com pouca pimenta e boa combinação quando com muita!
Vinho: Porta Soprana Lambrusco di Sorbara, Secco – Vinícola Chiarli 1860, Itália
Ingredientes
- 70g linguiça calabresa vegana Vegabom (foi a primeira vez que comemos e valeu a experiência de experimentar)
- 100g de feijão (usamos o vermelho, mas o preto ou o carioquinha também funcionam bem)
- 1 cebola
- 100g de arroz cateto
- Farinha de mandioca a gosto
- Couve a gosto
- Alho a gosto
- Salsinha e cebolinha a gosto
- Pimenta calabresa a gosto
- Folhas de louro a gosto
Modo de fazer
- A primeira coisa é cozinhar o feijão, para o que será necessário deixá-lo de molho por pelo menos 4 horas (ajuda a amolecer os grãos e a limpar toxinas que carrega em sua casca). Após o molho, jogue fora a água e cozinhe-o com sal, pimenta calabresa e folhas de louro. Não deixe cozinhar demais, para o grão não desmanchar. O tropeiro fica melhor com o grão de feijão inteiro
- Com o feijão pronto, comece a preparar a panela do tropeiro, que é bem simples de fazer. Refogue, nessa ordem e sempre dando tempo suficiente para que os ingredientes comecem a corar: cebola, alho, linguiça vegana (picada em pedaços pequenos) salsinha e cebolinha, e couve. Tempere com sal e pimenta a gosto. Quando esses ingredientes estiverem refogados (o segredo é refogar bem), acrescente o feijão e, após mexer bem, a farinha. O tropeiro estará pronto quando a farinha estiver bem mesclada e quente. Vá acrescentando a farinha aos pouco, com uma colher de sopa, e mexendo até o ponto desejado. Se for muita farinha de uma vez, corre o risco do tropeiro ficar seco
- Paralelamente ao tropeiro, prepare o arroz. O arroz cateto não precisa refogar, só cozinhar. Tempere apenas com sal
Comentário da Ariane
Huuuum, muito bom! Raspei a panela! Adoro feijão tropeiro, uma típica comida brasileira de final de semana. Mas cabe um comentário em relação à linguiça vegana. Comer algo parecido com linguiça é estranho e o sabor é um pouco estranho também, mas em pequena quantidade e em pedaços pequenos até que funcionou, o resultado foi muito bom. Experimentamos o produto mais por curiosidade, mas a linguiça poderia ser retirada da receita sem prejuízo para o sabor ou ser substituída por tofu em cubinhos tostado. O prato com o vinho foi um contraste interessante, porque tinha o frescor e acidez do vinho (na minha opinião, ideal para um dia de verão) e o sabor mais forte do feijão com farinha de mandioca. Acrescentamos um pouco de molho de pimenta no tropeiro para combinar mais com o frescor do vinho e deu certo. Então fica a dica de acrescentar pimenta à preparação do prato, talvez uma pimenta dedo de moça picada no refogado de alho e cebola.